Blog da Cia. Zero Zero de Teatro

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Rio Preto.

A chuva mergulhou Rio Preto no caos! E nós junto no meio disso tudo!

Nós saímos de São Paulo bem cedinho, pra chegar a Rio Preto e fazer a montagem tranqüilamente. Mas quando chegamos ao SESI, estava acontecendo a montagem de um evento da policia, que aconteceria naquela noite. Como ninguém queria discutir com os PMs...só nos restou esperar até o evento acabar, para então, finalmente, começar a nossa montagem.
Acontece que são Pedro resolveu intervir! Mandou um toró que alagou a cidade e nos ilhou dentro da van a caminho do teatro!
Ligamos o modulo submarino da van e fomos adiante!

Chegamos e esperarmos um pouco...

e esperamos mais um pouco...

Depois de liberado o palco é nossa vez!

A essa altura do campeonato a galera já estava morta!





Quando terminamos de montar os tecidos já passava das 2 da manhã, o Edu (nosso iluminador) e o Dirceu (técnico do SESI) ficaram madrugada adentro montando a luz e oito horas da manhã já estavam de volta ao teatro, junto com o elenco e toda a equipe, para terminar de preparar tudo para a apresentação. Que começou sem atrasos às 10 da manhã.
Não precisaria dizer, mas vou dizer assim mesmo, que somos muito gratos pela força do Edu e do Dirceu!
Obrigado!
E depois de tantos contratempos e atrapalhadas, foi um prazer conhecer o público de Rio Preto! E também o pessoal que assistiu todos os dias, vocês são muito legais, adoramos os desenhos que vocês fizeram para nós e valeu por ter acordado cedo e ter enfrentado a chuva para nos assistir!
Abraço para todos!

Os trapalhões!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Proxima apresentação!

Atenção pessoal de São José do Rio Preto! O Caderno da Morte está chegando à sua cidade!
Apresentações que fazem parte da turnê "Saint Joseph´s Death Note"!
Depois de voltar a São José dos Campos, vamos apresentar em São José do Rio Preto!
As apresentações serão nos dias 10, 11 e 12 de Dezembro e estão dentro da programação de inauguração do teatro do SESI.
Não percam! Nos vemos lá!

SESC São José dos Campos

Olá galera!
Um pouco atrasado, mas os bastidores da apresentação de São José dos campos chegaram!
Chegamos ao SESC na hora do almoço, descarregamos o cenário e fomos comer em um restaurante japonês. Depois da comilança haja boa vontade para começar a montagem! Por onde começar?



O pilar da montagem é levantar os tecidos, que é responsabilidade minha e do Rudson. Com os tecidos levantados começa a montagem da luz, com Éric e Brunão, e da projeção, responsa do André. Enquanto isso o Renato vai preparando o som e a Thais o camarim. O Vini como bom “primeiro ator” chega correndo das aulas que ele dá antes da apresentação! Dessa vez ele já chegou maquiado no teatro, foi adiantando no ônibus! Isso que é um ator preocupado! Acho que o pessoal do ônibus achou que ele era emo!
Durante a tarde de montagem tivemos o prazer de ter ao fundo o Jazz do Chiquinho (do programa do Jô) e sua banda.


No final de cada música dava vontade de fazer: “ÚOU! Bem vindos ao programa do Jô”!

Essa é uma experiência que fiz. Tava pensando em fazer uma versão Dom PedroI meio american chopper do L...


O pessoal não gostou.

Como disse no post anterior a apresentação foi muito boa, mas cheia de armadilhas nas coxias! O Vini prendeu o pé em uma armadilha de urso numa saída, eu fui pego por uma rede na passagem de trás do palco e a Thais foi a única que não foi pega por armadilha nenhuma, pois a que ela passou era das empresas ACME.



Depois é arrumar tudo, botar na Van e ir embora feliz!



Um beijo para todos de São José e nossos agradecimentos ao pessoal do SESC! Valeu até aproxima!
vejam esse videozinho, tem menos de um minuto.

domingo, 22 de novembro de 2009

Último ensaio

Olá galera!
Nesse Sábado apresentamos no SESC de São José dos Campos. E como fazia um tempinho que a gente não apresentava, foi especialmente bom retornar a esse trabalho. E a apresentação foi muito divertida, rolou tropeções... improvisos, cadeiras, figurinos que fugiram de nós etc...mas nada disso foi ruim, acho que cada um tirou proveito do inesperado e soube brincar com isso, quando o Raito e o Shinigami saem da cena do seqüestro do ônibus, por exemplo, o Vini tropeçou em alguns refletores que ficam muito próximos na coxia e o Brunão ainda em cena mandou: “ Raito você planejou tudo? Raito o que você vai fazer agora? ...POW.... Raito você tropeçou?... Raito? Raito?
E no fim foi muito bom encontrar o público, conversar, tirar fotos e fazer amizade!
Tava com saudades!
Aqui em baixo tem umas fotos do último ensaio antes da apresentação. Nossa diretora propondo mudanças e ajudando a gente a reencontrar o jogo de cada momento.





No próximo post vou falar mais sobre a apresentação em S.J.Campos e os bastidores da montagem ao som do Chiquinho(trompetista do sexteto do programa do Jô).

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ecum


Olá pessoal!
Depois de muito tempo, umas noticias da Zero Zero!
Na semana passada eu, a Thais, o Rudson e a nossa diretora Alice K. participamos do Ecum – Centro Internacional de Formação em Artes Cênicas em Belo Horizonte.
Eu e a Alice fizemos a oficina “O jogador: presença do intérprete e o espaço do palco” com Alexandre del Peruggia.
A Thais fez “A teatralidade do movimento” com Claire Hegge
O Rudson “atuar o intimo a céu aberto” com Clare Arnurd-dusigne e Jean-François Dusigne
Ainda teve oficina “Balangan” com Beatrice Picon Vallin e Philippe Goudard,
No ultimo dia rolou um “atelier de reflexão transversal” com todos.
Vocês perceberam que só tem nome francês na parada! Não é à toa já que estamos no ano da França no Brasil.

Fiquei aqui pensando no que poderia falar sobre essa edição do Ecum, e não encontrei nada melhor que o resumo que a Alice fez: “é a melhor coisa de artes cênicas no Brasil”!
Foi a primeira vez que participo, mas não posso dizer outra coisa, foi realmente maravilhoso! Agradeço a toda organização, a UFMG, a Belo Horizonte e a galera toda de cada parte do país que dedica à vida as artes cênicas! Foi um prazer conhecê-los...

E enquanto parte da Cia estava em BH, Brunão embarcou para Cuba e está lá participando de um festival internacional de teatro, pagando barato em um prato de comida e muito caro por uma hora de internet!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ponta Grossa!

Oi pessoal !
Estou aqui para falar que estaremos em Ponta Grossa no Paraná no começo de novembro! Vamos apresentar no 37º Festival Nacional de Teatro – FENATA.
Como nós fizemos a turnê "Death Hills", passando pelas cidades “Campos”, fiquei tentado em fazer alguma piada com relação à Ponta Grossa...mas todas as idéias que me ocorreram foram infames demais, então deixa quieto!
Desafio vocês para ver qual é o melhor comentário!
Bom quando estivermos mais perto da apresentação volto a falar sobre a preparação e os bastidores como de costume.
Enquanto isso continuamos trabalhando a máscara...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Agora é hora de treinar!


Olá a todos!
Momentos como esse que a Zero Zero está passando é propício para pensar o futuro e avaliar tudo o que aconteceu nos últimos tempos.
O ano passado e esse ano foram muito bons para nós e o “Caderno da morte” possibilitou que a Cia. amadurecesse bastante. E agora? Qual será o próximo passo? A próxima peça? Como seremos como Cia.?
Uma coisa é unânime entre nós, enquanto pensamos mexemos o corpo!
Nas últimas semanas começamos a fazer treinamentos pensando no oficio do ator.
O Brunão começou fazendo oficina de bufão e foi muito da hora!
Agora o Vini está puxando uma oficina de máscara neutra e está sendo revelador para todos. E assim cada um propõe aquilo que tem mais afinidade e todos embarcam junto com muito prazer.
Espero que assim, com o tempo e naturalmente, as respostas venham.

domingo, 20 de setembro de 2009

E finalmente, São José dos Campos!

Oi, pessoal! Bruno des! (é assim que se escreve? hehe)

Estou me adiantando ao post de segunda-feira do Miguel! (Haha, te passei, Miguel!)
E como ele ainda não contou, apresentamos em São José dos Campos, no 24º FestiVale!


A apresentação rolou num sábado, 5 de setembro, e foi muito massa. Estávamos bem mais afinados em cena do que nas outras apresentações. Acho que funciona um pouco assim: quanto mais fazemos a peça, mais afinados vamos ficando em cena. Não tem jeito, tem que trabalhar pra ficar legal. hehe xD

Depois do espetáculo, conhecemos alguns otakus de S. José dos Campos... pessoal muito legal! Rolou também um debate com o Heitor Saraiva, o José Facury e a Thais Helena D´Abronzo, mediado pelo Fernando Rodrigues, esses últimos sendo amigos de tempos de faculdade de uma parte do elenco. O debate rolou muito bem... é sempre bom parar pra refletir sobre a peça e o trabalho de fazer teatro.
No final das contas, fomos embora satisfeitos. Ah! E mais um detalhe: nós sempre alugamos uma mini-van de uma empresa específica, e pra essa viagem, eles tiveram um problema, e nos mandaram um ônibus! Ninguém achou ruim! hehe! E ainda tentando colocar no letreiro na frente do ônibus: "Quase Famosos"! ^^
(Na semana seguinte vimos os que os críticos escreveram sobre a nossa apresentação no Festivale, e pelo visto eles não gostaram muito da peça não... Mas depois eu vi que eles falaram mal até de uma peça de amigos meus que tinha ganhado o Prêmio Shell. Vai entender, né. :P)

Quem quiser ler as críticas, tem no site do festival: http://fccr.org.br/festivale/index.html


Bom, ficamos por aqui, galera!

Abraço!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Campo Limpo


Oi pessoal!
Ontem estivemos em Campo Limpo, cumprindo a etapa Clean hill, da turnê DEATH HILLs!
Ainda estou tentando entender porque acordamos por volta das 6:30 da manhã, para chegar no CEU as 10 e só começar a montar as 5 da tarde, depois da apresentação de outro grupo.

Bom, pelo menos pudemos assistir a apresentação deles e dar risada com a reação das crianças da platéia.
A montagem acabou sendo tranqüila, afinal todos os nossos técnicos estavam lá e começamos sem atrasos e a fim de fazer uma apresentação animal.
E foi uma ótima apresentação, a infra-estrutura do teatro do CEU é muito boa, a platéia curtiu e tivemos um relato muito especial de um bombeiro que assistiu à peça lá do fundo. Ele estava maravilhado no final nos cumprimentando e dizendo que era a primeira vez que tinha visto uma peça de teatro. Quando essas coisas acontecem, eu fico extremamente feliz e agradeço por poder fazer o que faço.
Um grande abraço a todos que foram ontem e especialmente ao pessoal do festival, que possibilitou que tudo isso acontecesse.
Agora um vídeo de utilidade pública: Como comer frango com colher de “prástico”.
Com Bruno Garcia.

sábado, 22 de agosto de 2009

Perdemos pro Batman

Oi galera!
Começo esse post um pouco envergonhado pelo post anterior. Afinal os premiados do HQMix já haviam sido selecionados e nós não sabíamos. Tudo bem!
Como já tinha dito esse é um grande prêmio e nossas chances reais eram mínimas.
Não estou querendo ser falso modesto dizendo isso. Acredito na nossa peça e acho que o trabalho de adaptação é muito difícil e delicado, especialmente se tratando de quadrinhos. E acho que nós demos conta do trabalho e me orgulho muito disso.
As chances foram poucas, pois são mais de 2000 profissionais da área que votam e pelo que sei somente dois deles assistiram nossa peça, se outros assistiram não sei. Mas isso é da natureza do teatro. Muitas pessoas se envolvem para um dia de apresentação acontecer (a Cia. de teatro e o público), não é como o cinema que exibe seu filme em muitas salas simultaneamente no mundo todo, enquanto o teatro acontece no encontro de todas essas pessoas e por isso cada dia é único e especial.
De resto a premiação foi muito legal, adorei ver a força dos quadrinhos ganharem espaço a cada ano e um parâmetro de qualidade muito consistente se firmar entre os profissionais de HQ.
O HQMIx tem esse mérito, e todos que trabalham para sua realização estão de parabéns.
Parabéns também ao Serginho Groisman e sua banda (acreditem, elas até tocaram musicas inteiras)!
E é claro à Dra. Sônia Luyten, que além de presidente do HQMix, estava aniversariando ontem.
Agora um video dos bastidores da premiação, com Serginho Groisman vestindo um casaco de marshmallows, Ronaldo Esper com um cetro dourado e sem vasos e o pai da Mônica, Mauricio de Souza.

E viva o Coringa!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

HQMix é hoje!

Oi pessoal!
Agora a noite vai acontecer a entrega do prêmio HQMix!
Já estou pronto e daqui a pouco saio para curtir esse evento dos quadrinhos.
Estou muito pé no chão quanto as chances de nós levarmos esse prêmio, afinal dêem uma olhada nos indicados:

ADAPTAÇÃO PARA OUTRO VEÍCULO
1 Aline (tevê)
2 Batman – O Cavaleiro das Trevas (cinema)
3 O Caderno da Morte - Death Note (teatro)
4 A Noite dos Palhaços Mudos (teatro)
5 Homem de Ferro (cinema)
6 Persépolis (cinema)
7 Hellboy II - O Exército Dourado (cinema)

Mas vai ser legal ver essa galera e ver o Serginho Groisman apresentar.
Não custa ficar na torcida, particularmente gostaria que o prêmio fosse para o teatro, então estou torcendo para "A Noite dos Palhaços Mudos" também.
Abraços e figuinhas!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Vida longa ao FESTCAMP

Nossa viagem começou na quinta-feira, partindo do terminal Barra Funda em São Paulo, indo até ao aeroporto de Viracopos em Campinas. Lá embarcamos no Vôo AD 4030, com o primeiro destino da turnê “Death Hills”. Chegamos em CAMPO grande umas dez e meia da noite.

(Medo da gripe)
Para não perder o costume, a montagem foi corrida. Às 8 horas da manhã saímos do hotel e fomos buscar o cenário.
Da transportadora para a Kombi, da Kombi para o teatro, e começamos a montagem.
Levanta os tecidos, desce as varas de luz, ONDE VAI FICAR O PROJETOR? TVs, mesas, cadeiras, doces, arrumar camarim, TÁ FALTANDO ALGUMA COISA? Levanta a vara de luz, afinação, som...tudo terminado às 17 horas.

CADÊ O ILUMINADOR? (Eduardo Albergaria, ator, diretor, iluminador, magrelo e oficineiro) Concebeu nossa luz, mas nunca tinha operado. Chegou por volta das 17:30, depois de dar uma oficina em outro teatro.
Vamos começar o passadão para a luz e para a música. Afinal nosso musico Greg (que manda a trilha ao vivo), também não pode vir e nossa produtora Tais vai mais uma vez salvar nossa pele com os CDs.

Ainda não! ESPERA! O Eduardo precisa programar a mesa, vai levar mais uns 40 minutos... não vai dar tempo, a apresentação é as 20 horas, Brunão precisa de uma hora pra se arrumar de shinigami.... Vamos fazendo, vai saindo pra se arrumar quem precisar, quem puder ficar vai passando as movimentações de cena com a técnica. TÁ CHEGANDO A VOZ AI? TÁ? Ok não precisamos gritar!
Vinte pra oito terminamos...quem não está pronto corre, vem pro merda que já vai abrir... Abriu.
Teatro Glauci Rocha, capacidade para 812 lugares, 2m de proscênio mais 2m de chão separando nós do público que invade. Para o ator a sensação é de um canyon separando algo que é tão bom quando é pertinho.
1 hora e meia depois acabou a apresentação, fomos para o debate.
Resumidamente fomos parabenizados pelo pioneirismo de juntar teatro com mangá, de conquistar um público jovem e trazê-lo para o teatro. O aparato tecnológico (vídeo, luz e música) teve quem gostou e teve que achou que ele ficou maior que os atores. E todos concordaram que estávamos falando muito baixo, um sujeito do público disse que não ia nos desculpar por isso. E nisso ele teve Razão.
Ele falou mais um monte de coisas que eu não guardei, mas não vou me esquecer da generosidade da Débora Finocchiaro e do Sidnei Cruz, eu os guardo pois mais que debatedores, eles conduziram a conversa afim de incentivar quem faz teatro a pensar sobre o oficio e o que é inerente a ele. As críticas foram super construtivas e estão nos ajudando a repensar nosso trabalho.
E toda correria que tivemos nesse dia de montagem e nos outros dias agradáveis que se seguiram até o fim do FESTCAMP, só pôde ter dado certo por todos os organizadores, produtores e anjos. Eles foram demais, cuidaram muito bem nós com muita atenção e amizade. A Cia. Zero Zero foi embora de CAMPO Grande grata por ter feito parte do festival e estamos desejando vida longa ao FESTCAMP.

(De volta para casa)

Agora com vocês um vídeo imperdível, o pânico do Vini no avião.



Eu queria muito dizer que foi tudo verdade, mas como amigo do Vini tenho que aliviar a barra dele e dizer que foi brincadeira nossa...ou não... vocês decidem!

domingo, 16 de agosto de 2009

FESTCAMP


Oi pessoal!
Estamos em Campo Grande, Mato Grosso DO SUUUUUUUUUL!
Tá um calor animal aqui e o pessoal do festival é igualmente caloroso, além atêncioso e prestativo.
Estou no hotel agora, e vi as mensagens das pessoas que nos assistiram na sexta feira, então esse post é para agradecer.
Agradecer o pessoal que nos assistiu, a organização do FESTCAMP, aos debatedores Débora Finocchiaro e Sidnei Cruz (pelas críticas e pela troca rica que tivemos aqui),aos novos amigos e a galera de Campo Grande.
Nos próximos posts vou falar mais detalhadamente sobre a apresentação, um balanço sobre o festival e é claro os bastidores da viagem, (o pânico do Vinicius no avião!)
até mais.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ensaios

Nessas últimas semanas voltamos a ensaiar para a turnê dos “CAMPOS”.
No ensaio de hoje tirei umas fotos e fiz uns vídeos para colocar aqui.
Me perguntei se seria interessante e respondi pra mim mesmo que sim, então está aqui:

Se bem que nos melhores acontecimentos nunca estamos filmando... nos erros hilários e nas improvisações improváveis; como o Raito voar subitamente em cima do L, do Soichiro virar cabeleireiro e do Sarney ser morto por Kira!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

CAMPOS da Morte


Oi pessoal.
O Caderno da Morte está se preparando para fazer a turnê "CAMPOS da morte", até agora estamos confirmados para apresentar em CAMPO Grande, CAMPO Limpo e São José dos CAMPOS! Estamos em clima "Run to the Hills", seguindo os agudos de Bruce Dickinson. Quais serão as próximas cidades? Campo dos Goytacazes? Campos Gerais? Campos do Jordão? Campinas? Campina Grande?
Abaixo as datas e os lugares das apresentações:
CAMPO Grande dia 14 de agosto ás 20:30 no Teatro Glauce Rocha.
CAMPO Limpo dia 2 de setembro no CEU de Campo Limpo.
São José dos CAMPOS dia 5 de setembro ás 18h no Teatro Municipal de São José dos Campos

um abraço a todos e espero vê-los nos CAMPOS!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Personagem intelectual atrai o público?


Hugo Neto – Miguel, “L” é um personagem essencialmente cerebral. Seus momentos mais significativos são marcados pela atividade mental e não pela ação física, o que é diferente daquilo que os demais atores fazem. No jogo de gato-e-rato com Raito, “L” luta mentalmente para solucionar a charada do Shinigami. Numa época em que a juventude exalta tanto a ação, a atitude, o vigor físico, o corpo saudável por quê um personagem puramente intelectual atrai tanto o público?

Miguel Atênsia – Se eu for pensar pelo ponto de vista do ator e o caminho que percorro para fazer este personagem é possível que eu te surpreenda dizendo que não é tão diferente dos outros atores. A questão é justamente essa: como realizar uma atividade mental em uma linguagem essencialmente de ação como é o teatro? A pista que encontrei foi justamente pela ação física, o que se passa na cabeça do personagem não voa magicamente até o público, então a maneira como o personagem utiliza os objetos, o tempo-ritmo que ele emprega em suas ações vão esclarecendo, aos olhos de quem está assistindo, que este personagem está atento e planejando o próximo passo. Acho que o “L” atrai, pois ele instiga o lado intelectual do público, que olha para um personagem esquisito e não consegue entende-lo rapidamente, e o esforço para desvendá-lo é um jogo com a curiosidade natural das pessoas, que sentem prazer ao brincarem de detetive também.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mais um pouco!

E continuamos com a entrevista in process...

Hugo Neto – Bruno, o espetáculo apresenta dois mundos, duas dimensões que, em tese, não poderiam se encontrar; o mundo dos vivos e o mundo da Morte. É justamente o seu personagem que faz a ruptura com o plano da realidade. Sua linha de interpretação se distingue das demais por um caráter não-naturalista e você sugere algo terrível. O Shinigami sorri, é engraçado, mas esse riso é sinistro, dá medo. Ainda assim, ele seduz a platéia. Como você explica essa atração mórbida tão forte do público jovem com um personagem que representa a destruição absoluta?

Bruno Garcia – Por algum motivo que desconheço muitos jovens são atraídos pela morbidez e isso não é novidade. Poderíamos até traçar uma linha de obras de arte com temas góticos, passando por Neil Gaiman, Edgar Alan Poe, e diversos outros pintores góticos. Muitos adolescentes são atraídos pelo gótico, e acredito que isso revele não só a revolta comum dessa fase, mas também a negação da organização do mundo como é hoje.

Agora é sua vez:
Você é jovem? Gosta de morbidez? É revoltado? Por quê?
Ou você não se identifica com nada disso? Acha que é tudo besteira?
Fale, comente e deixe sua opinião.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Tempos atrás coloquei a entrevista de Hugo Neto na integra aqui no nosso blog, como ficou longo demais, percebi que as pessoas não estavam lendo tudo. Aprendi uma lição sobre escrever blog neste dia, post muito longo não rola! Agora percebo outro... de tempos em tempos é bom recapitular.
Bom continuando com a saga da entrevista, Vinícius agora vai falar sobre seu personagem Raito.
Espero que vocês gostem.

Hugo Neto – Vinícius, a peça trabalha bastante com choques de ritmos e com a superposição de planos. Raito é o personagem que mais transita ente a ação absoluta e a introspecção absoluta. Quais foram as dificuldades para compor uma personagem que salta tão abruptamente de um estado para outro?

Vinícius Carvalho – Para mim, a dificuldade maior foi construir o que você chama de introspecção absoluta. No mangá ou no animê, Raito tem muitos momentos de reflexão que são expressados através de quadradinhos escritos, no caso do Mangá, ou áudio, no caso do animê, e minha dificuldade foi justamente entender como transpor essas reflexões para a cena, transformando-as em ação física, mantendo a idéia de reflexão, porém sem parecer explicativo ou baixar o volume de voz ao ponto de o público não ouvir o que foi dito. A solução que encontrei foi, ao invés de falar, fazer. Se você reparou, o Raito interpretado por mim, é muito mais ativo fisicamente em comparação ao do Mangá. Isso não significa que seja melhor ou pior, mas sim que são linguagens distintas, com necessidades diferentes e o que funciona muito bem em uma linguagem pode não ser tão eficaz na outra. Outra maneira que encontrei foi tomar o Shinigami Ryuk como meu confidente. Algumas reflexões, ao invés de dizê-las pra mim, eu dizia para o Ryuk, ou, numa terceira saída, foi dizer minhas reflexões para o próprio público, como se ele fosse meu confidente. Assim, creio que a idéia de reflexão era passada e, ao mesmo tempo, as relações entre Raito e o Shinigami e Raito e o público ficavam mais próximas.

No próximo capítulo Bruno vai falar sobre o Shinigami e a atração dos jovens pelo " morbido"!
Não percam!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A voz do "L"

Hoje vou revelar para vocês como é feita a voz do "L".
O nosso músico, Greg, pesquisou o animê e juntou diferentes efeitos até chegar numa voz misteriosa!
Quando ele estava criando esse efeito me disse algo curioso: “se você prestar atenção no animê, na voz computadorizada é possível reconhecer a voz do personagem,” então nós optamos por respeitar isso, pois além de ser legal, torna mais compreensível o texto para o público.
Ao longo das apresentações nós ficamos atentos para ver se alguma coisa pode melhorar, seja numa mudança de texto, de entonação ou de andamento...e então regravamos ali na hora mesmo! Foi o caso desse vídeo, nós regravamos a voz do "L" de uma cena toda para apresentação daquela noite.
Uma parte desse trabalho está logo abaixo:

Essa apresentação foi em Marília, e a Paulinha foi nos ajudar com as projeções, pois enquanto todos estavam na labuta, Andrezão estava no Show do Radiohead! Bom pra ele e bom pra nós, que tivemos uma técnica mais bonita do que ele!

sábado, 20 de junho de 2009

Entra Ray Penber e sai "L".

Oi pessoal! Quando estávamos em cartaz no Centro Cultural São Paulo, pedi para nossa produtora me filmar fazendo a troca de figurinos. Esse momento é o mais tenso pra mim, pois o tempo é muito curto e se alguma coisa estiver fora do lugar perco o tempo de voltar para a cena. Normalmente coloco um pouco de calda de chocolate no cabelo, pois se mostrou ser o produto mais eficiente pra deixar o cabelo duro, melhor que gel e laquê extra- forte. Eu sei é nojento, mas ouvi dizer que existem muitos tratamentos de beleza que usam chocolate, então não deve fazer mal! Neste dia, por exemplo, o chocolate não estava... azar vai sem mesmo!

terça-feira, 16 de junho de 2009

A resposta de Vinícius!

..Diz agora Vini, a gente quer saber!

Hugo Neto – A morte comanda o espetáculo do início ao fim. Mas toda morte redunda em algo inútil. Ela não transforma a realidade, não redime nenhum dos personagens. No mundo em que a gente vive, nem mesmo a morte significa alguma forma de transcendência?

Vinícius Carvalho – Não acho que a morte não transforma a realidade ou que não redime nenhum dos personagens. A meu ver, ela é a denunciadora da ação de Kira, quando ele começa a matar criminosos. Ela é a geradora da perseguição de Kira pela polícia. “L” e Souichiro vão atrás de alguém que está matando. É através dela que Kira busca fazer justiça e, no final, quando Raito descobre o próprio nome escrito no Caderno do Shinigami, é o momento em que a personagem mais se fragiliza perante o público. Talvez ela, a morte, não o redima de seus atos. Raito não se arrepende de ser Kira até o último instante, mas, sem dúvida, ela tem um grande impacto na realidade. Raito tem medo de morrer e enfrentar a própria morte o leva a um surto psicológico que é mostrado em seu desespero final, enquanto “L” morre para provar que Raito é Kira e em nome do que crê como sendo justiça. A morte de Raito/Kira pode significar a salvação para aqueles que condenam sua ação e a desilusão para os que o apóia. Já a morte do L pode ser encarada também como uma ação em nome da justiça. Olhando assim, vejo a morte não só como transformadora de realidades e redentora, como também o início e o fim de toda aça. Ela fecha e ao mesmo tempo abre um novo ciclo. Creio que no mundo que a gente vive, a morte sofre uma banalização sim para uma maioria. Entretanto, o tema da morte na história do Death Note e, portanto, na nossa peça, está sendo colocado em discussão, está sendo sublinhado na tentativa de resgatar seu significado ou mesmo de ressignificá-lo.

Hugo Neto – Vinícius, a peça trabalha bastante com choques de ritmos e com a superposição de planos. Raito é o personagem que mais transita ente a ação absoluta e a introspecção absoluta. Quais foram as dificuldades para compor uma personagem que salta tão abruptamente de um estado para outro?

A resposta no próximo capítulo!

sábado, 13 de junho de 2009

Mais entrevista.

Continuando a entrevista, agora as respostas da Thais e do Bruno.

Hugo Neto – A morte comanda o espetáculo do início ao fim. Mas toda morte redunda em algo inútil. Ela não transforma a realidade, não redime nenhum dos personagens. No mundo em que a gente vive, nem mesmo a morte significa alguma forma de transcendência?

Thais Brandeburgo – Para a morte significar transcendência é necessário primeiro aceitar que a morte faz parte da vida. Para mim é bem difícil imaginar como se preparar para perder alguém próximo, a falta que essa pessoa vai fazer, sem de fato passar por isso. Talvez, ao ver isso representado no palco, o pai que perde o filho de forma tão abrupta, seja uma forma mesmo inconsciente de se pensar sobre isso. O espetáculo trata da morte em seu plano mais básico, mais violento e, de certa forma, mais cruel. É o primeiro passo, difícil, mas necessário: a aceitação. Aceitar que a morte existe, que vamos perder pessoas queridas e que também vamos passar por ela, para daí evoluir a qualquer outro significado que se tenha, que vai passar pela crença ou religião individual, ou pela falta dela.


Bruno Garcia – A morte só adquire um significado de transcendência se você possuir alguma crença que empregue esse significado. Muitos artistas têm essa visão e a empregam em suas obras. Acho que uma coisa legal na história de Tsugumi Ohba é justamente quebrar essa expectativa do público deliberadamente. Adicionado à inutilidade das mortes, ele ainda sugere que após a morte não exista céu nem inferno, tornando a morte um final mais abrupto ainda do que muitas pessoas gostam de acreditar.

no próximo capitulo...o que será que vinícius acha disso?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Os iluminadores de plantão

Durante nossas viagens, nós encontramos muitas pessoas que adoram teatro e diziam que gostariam de ser atores, atrizes, diretores etc...
A pergunta mais recorrente, para não dizer unânime, era sobre como ganhar a vida trabalhando com teatro.
A verdade é que para a maioria dos artistas, é muito difícil se sustentar somente atuando.
No nosso caso todos dão “seus pulos” para garantir o aluguel no fim do mês e o leitinho das crianças! Dando aulas, oficinas e desempenhando outras funções nos bastidores da arte. E como esse blog é justamente sobre os bastidores, achei legal colocar um exemplo disso aqui: O que os atores fazem quando a peça não está apresentando?
Nessa semana eu e o Brunão unimos nossos mosquetões de utilidades e encarnamos nosso outro papel: os iluminadores de plantão!


Agora sim!

Aparentemente a tática: "aguarde o próximo capitulo", está funcionando!
Mas eu prometo não deixar a maldade tomar conta e nem ser corrompido pelo poder!
Mas admito estar adorando esse toque sádico!
Brincadeira a parte segue a continuação de hoje!

Hugo Neto – A morte comanda o espetáculo do início ao fim. Mas toda morte redunda em algo inútil. Ela não transforma a realidade, não redime nenhum dos personagens. No mundo em que a gente vive, nem mesmo a morte significa alguma forma de transcendência?


Miguel Atênsia – Na história, não só na peça como no mangá, quando Kira começa a matar os criminosos, ele, de alguma forma, transforma a realidade do seu mundo, a criminalidade diminui, pessoas do mundo todo se mobilizam para entender o que está acontecendo e explicar as mortes misteriosas. Sem saber quem está julgando, condenando e qual seu critério para isso, o medo passa a fazer parte da vida de algumas pessoas, a realidade dessas pessoas foram modificadas por causa dessas mortes. Agora se essas mortes realmente serviram para melhorar o mundo como era o desejo de Raito? Se sacrificar a vida para pegar o assassino como fez o L, serviu para acabar com o medo das pessoas? Bom provavelmente as coisas voltam ao normal. No mundo em que vivemos é impossível ignorar o holocausto, que a bomba atômica explodiu no Japão, que guerra trás de guerra deixa milhares de vitimas, assim como a fome, a violência urbana, acidentes etc. Nós humanos morremos todos os dias e isso não vai mudar, faz parte de nossa natureza, nós podemos pensar sobre isso e tentar encontrar algum sentido, mas no final não cabe a nós qualquer decisão. É por isso que no final da peça é o Shinigami, o deus da morte, que acaba com o jogo. Raito pode espernear e tentar um trato, pode viver sua vida como acha que é certo, assim como o L, a Misa, o Soichiro e nós também, mas no fim nossa morte pode significar alguma forma de transcendência? Não sei.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Post longo não rola.

Bom realmente a entrevista ficou muito longa!
Eu pensei que alguém se interessaria, mas depois de conversar com algumas pessoas vi ninguém estava lendo, o Brunão me confessou que nem ele leu inteiro, e descobri que nem minha própria mãe leu! Bom depois dessa tenho que aceitar que leitura na internet precisa ser curta! Eu poderia ficar aqui falando sobre isso, mas o post ia ficar muito longo e ninguém iria ler!
Agora a entrevista tentativa 2:
Os atores da Companhia Zero Vinícius Carvalho, Bruno Garcia, Miguel Atênsia e Thais Brandeburgo respondem a questões sobre O Caderno da Morte último espetáculo do grupo, sobre a Arte Teatral e sobre os temas da morte e da violência em entrevistas realizadas entre 2 e 7 de maio de 2009.

Hugo Neto – A morte comanda o espetáculo do início ao fim. Mas toda morte redunda em algo inútil. Ela não transforma a realidade, não redime nenhum dos personagens. No mundo em que a gente vive, nem mesmo a morte significa alguma forma de transcendência?

terça-feira, 2 de junho de 2009

Marcados para Morrer

Saiu uma matéria muito legal sobre nossa peça no site da USP.
Foi escrita por Hugo Neto e a entrevista foi muito rica. Serviu para aprofundarmos a discussão, vou colocá-la aqui em breve, por hora deixo a matéria para vocês curtirem.

CIA. ZERO ZERO COLOCA HOMENS E DEUSES EM AÇÃO NUM ESPETÁCULO MULTIMIDIÁTICO DE MORTE E VIOLÊNCIA

O Caderno da Morte

Uma pessoa cujo nome tenha sido escrito num Caderno da Morte está fatalmente destinada a morrer. Esse é o eixo temático central da série de mangá japonesa Death Note, escrita por Tsugami Ohba e ilustrada por Takeshi Obata, a qual veio a ser, posteriormente, transformada em anime para a TV e também foi adaptada com sucesso para o cinema. A obra que se tornou um cult entre jovens do mundo inteiro chegou também aos palcos paulistanos.

A companhia teatral Zero Zero traz ao cartaz O Caderno da Morte, espetáculo que conta a celebrada história de Raito Yagami (Vinícius Carvalho), um jovem estudante que se vê investido do poder sobre-humano de determinar a morte de qualquer pessoa depois de encontrar o caderno de Ryuk (Bruno Garcia), um Shinigami (um Deus da Morte). Sob o pseudônimo de “Kira”, Raito passa a utilizar o poder desse caderno para promover uma erradicação da violência, promovendo a pena capital inapelável para todos criminosos, fazendo justiça com as próprias mãos o que resulta em conseqüências desastrosas. Kira, um desdobramento de Raito, revela-se um eficaz e popular justiceiro, um executor implacável e sagaz mas tem de enfrentar “L”, o maior detetive do mundo num perigoso jogo de gato-e-rato.





--------------------------------------------------------------------------------

Justiça Retilínea

As perspectivas de morte e justiça formam o eixo temático central da encenação. Destinado ao público juvenil, O Caderno da Morte encena a burocratização da morte frente à ineficiência do aparato jurídico estatal. A solução simplista de Raito para uma realidade crivada de ambigüidades o coloca em oposição à ordem de valores numa clássica história de investigação e de autodestruição.

Subsidiado pela rica simbologia e pelo repertório visual e sonoro das adaptações precedentes do mangá, a encenação circunscreve a onipotência do serial killer e de seu obsessivo ideal de um mundo purificado pela justiça aos limites de seu irremissível complexo de inferioridade. Rapidamente Raito, o criador, se vê submetido aos desígnios de Kira, a criação. Entre uma coisa e outra, o esplêndido Shinigami paira sobre a ação como uma imperturbável moira sempre alerta apara arrastar sua vítima rumo a um destino mais vazio que a própria morte.




Signos da Urbanidade

As alegorias do espetáculo desdobram muitos dos elementos simbólicos da obra original com resultados bastante eficientes. O caderno do Shinigami adquire o status de um objeto mágico e sugere o poder metaforicamente destrutivo implícito na escrita. Símbolos vinculados à mitologia ocidental da morte – tais quais a maçã, célebre fruto do conhecimento do Bem e do Mal – convivem em harmonia cênica com elementos iconográficos do universo mítico oriental graças à direção de Alice K., uma especialista na cena teatral japonesa.

Apesar de largamente inspirada na iconografia do mangá, a qual foi consagrada nas versões da obra para as telas, a montagem teatral da Cia. Zero Zero caracteriza-se por soluções cênicas criativas e possui inúmeros méritos próprios. Com um pequeno elenco, a peça avança a passo rápido sem perder o fôlego. A estética multimidiática combina habilmente a linguagem do vídeo, do telejornal, dos filmes B de terror, de science-fiction e das HQs, colocando luz na espetacularização da violência com imagens agressivas e marcantes. O cenário enxuto, construído em planos superpostos, separadas por estruturas transparentes, provê o espetáculo de um caráter onírico e sugere eficazmente as tensões psíquicas dos personagens frente ao Shinigami e ao poder devastador por ele conferido. O espetáculo é construído num ritmo acelerado, com rupturas marcantes em situações nas quais o cotidiano e o insólito coexistem em todos os seus contrastes.


Ademais, a encenação é marcada pelos signos da urbanidade: os temas da imprevisibilidade, do acaso, da coincidência e da trivialidade da existência são embalados numa trilha sonora estimulante, marcada pela superposição de sons e vozes e pela cacofonia, além dos temas derivados do próprio anime. O Caderno da Morte tempera a ação e o tema da morte com humor num espetáculo que sustenta sempre eficientemente a atenção do seu público-alvo.

Para ver a matéria no site é só entrar aqui:
http://www.jorwiki.usp.br/gdnot08/index.php/Marcados_para_Morrer

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Só a fita crepe salva!

Olhar os bastidores de qualquer coisa é sinônimo de conhecer suas gambiarras, seus truques e jeitinhos. E teatro, posso dizer por causa vivida, não se sustenta sem a fita crepe. Muito já se falou de teatro pobre, que só é preciso um ator e um público para acontecer o fenômeno teatral, mas me pergunto: Será que para chegar no momento da apresentação esse cara não usou nem um pedacinho de fita crepe? Nem que seja para colar um cartaz de divulgação? Remendar uma folha de papel ou fazer um curativo no dedão pois não tinha esparadrapo? Penso que para haver um fenômeno teatral só é necessário um ator, um espectador e um rolo de fita crepe! Do teatro de rua despretensioso as maiores produções musicais da Broadway, lá está ela firme e forte segurando o verso remendado para a frente brilhar maravilhosamente, a fita crepe é a maior escada dos melhores atores, ajudando incognitamente o sucesso de outro. A fita crepe é altruísta, generosa e branquinha! É a minha, a sua, a nossa amiga! VIVA A FITA CREPE!


Vocês notaram um Tiozinho comendo lanche nesse video? Onde está o tiozinho? Deixando claro que não é o Rudson(Yagami), nem o Vini cansadão(Raito).

quinta-feira, 28 de maio de 2009

SESI Mauá

Oi pessoal!
As nossas viagens pelos SESIs acabaram nesse último fim de semana, posso dizer que fechamos com “chave de ouro” essa temporada.
O Pessoal de Mauá é muito legal! O público estava ótimo, muito alegre e divertido!
Mas divertido mesmo foi o que o Sam (técnico de SESI) Fez:
Domingo já estávamos prontos para ir embora. Cenário desmontado e a Van carregada. Só estava faltando nosso banner, nossa produtora foi perguntar pro Sam onde ela estava e ele disse: "um garoto do público levou pra casa! ele disse e você tinha deixado!"
Todo mundo acreditou, pois no sábado o mesmo garoto pediu o banner pra nós!
Galera tensa, tentando imaginar o que fazer... se teria um jeito de conseguir o banner de volta... quando o Sam aparece com o banner na mão! Só faltou ele gritar " pegadinha do malandro!"
Foi muito legal! Eu adorei, pois sou fã de pegadinhas!
Só tenho que agradecer muito por todas essas apresentações!
Conhecemos muitas pessoas legais nessas viagens, o grupo todo se aproximou muito e trabalho amadureceu bastante.
Agora é hora de trabalhar na produção para não ficarmos parados, então logo novas apresentações do caderno da morte serão marcadas!
Fiquem espertos, quem sabe não vamos para sua cidade?
Agora deixo vocês com o Greg e a mágica da musica!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

SESI Vila das Mercês

Oi galera!
Na quinta-feira passada apresentamos no SESI Vilas das Mercês.
Lá tivemos a montagem mais difícil, teto baixo e poucas varas é o pesadelo para iluminadores e para quem monta o cenário! Mas contamos com a ajuda do Fernando (técnico do SESI que nos ajudou em Piracicaba), que acordou muito cedo para viajar e chegar disposto para montar tudo o melhor possível.
O que dificultou a montagem não foi somente as adaptações para o espaço, mas o fato de todo mundo estar cansado conta muito. Tínhamos feito apresentações em São Bernardo nos dias anteriores e dormimos muito pouco afim de chegar bem cedo para dar tempo da montagem ficar pronta para a apresentação.
A parte mais chata do dia de montagem é o tempo de ócio. A equipe chega junto mas cada um tem um tempo diferente para montar, não dá pra todos fazerem seu trabalho ao mesmo tempo. Para afinar a luz depende do cenário estar pronto, para arrumar o projetor depende da afinação de luz ter terminado e para o som precisa esperar o técnico terminar tudo isso para arrumar os equipamentos da cabine...enfim enquanto uns trabalham outros esperam...e o que mais demora é a luz!
E como já estamos calejados de esperar, nesse dia tivemos a idéia brilhante para burlar o ócio! Levamos o Play 2 e jogamos muito!!

O melhor desse vídeo é a cara do Bruno fingindo que a câmera não existe, enquanto ele mesmo é o câmera-man!
Queria dedicar este post a todos os técnicos de teatro, em especial a todos que nos ajudaram em nossas viagens pelos SESIs. Que trabalham muito, trabalham bem e ainda são gente boa!
Abração!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

SESI São Bernardo



Oi pessoal!
Nessa terça e quarta apresentamos em São Bernardo.
E nas ultimas viagens a gente tem assistido a um aninê bem louco na van...
"PRESENT DAY....PRESENT TIME HAHAHAHA!" É assim que começa Serial Experiments Lain!
Esse animê é uma piração e muito legal, recomendo!




Chegando no teatro vimos uma sala grande, bonita, recém-reformada e sem varas de cenários móveis, então só nos resta pegar a escada e subir os tecidos um por um. Nessa hora pensei comigo: "bendita hora que o Vini teve a idéia de pendurar com correntes!"
Acabou que penduramos rápido e foi mais fácil do que parecia!



Essa semana temos muitos vídeos legais dos bastidores, vou colocando aos poucos aqui para vocês.
Para começar o Bruno e o Rudson preparando o "dispositivo cacareco" que faz o caderno cair.



E adivinhem o que aconteceu na apresentação?
Sim o caderno caiu pra trás e eu precisei jogar à mão o caderno reserva pela coxia do lado! Espero que ninguém tenha percebido!
Bom por enquanto é isso, mas não percam, logo teremos bastidores de Marília, Vilas das Mercês e Mauá.
Sem contar vídeos de gambiarras, L e Raito unidos e do Greg revelando a mágica por trás da trilha sonora do "Caderno da Morte".
até mais!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Fomos indicados para a HQ Mix!

Oi pessoal!
Estou muito feliz pois nós fomos indicados ao prêmio HQ mix, considerado o Oscar dos quadrinhos!
Abaixo coloco post do blog do Alexandre Nagado, blog que eu recomendo para todos que curtem quadrinhos, cultura pop japonesa em geral... enfim eu adoro!

OS INDICADOS AO TROFÉU HQ MIX
Saiu a lista de indicados ao Troféu HQ Mix, a mais badalada premiação dos quadrinhos no Brasil. O mercado de publicações anda aquecido, mas o mercado de trabalho anda péssimo, o que é uma contradição que não parece ter solução a curto prazo. Financeiramente, não há o que comemorar, mas eventos como o HQ Mix atraem a atenção da mídia e isso, em última instância, acaba sendo algo benéfico.

Particularmente, estarei torcendo por duas indicações que terão meu voto. Uma delas é para o álbum Front Especial 100 Anos de Imigração Japonesa (categoria Publicação Mix), cujo prefácio é de minha autoria. A outra é a peça de teatro O Caderno da Morte (categoria Adaptação para outro veículo), adaptação do mangá Death Note e que tem meu amigo Miguel Atênsia no elenco. Ainda me lembro quando, na viagem de intercâmbio no Japão que fizemos em março de 2008, o Miguel comentou que seu grupo de teatro estava planejando negociar os direitos para adaptar Death Note, um dos mangás mais aclamados dos últimos tempos. Deu tão certo que virou sucesso de público e agora está concorrendo a esse importante prêmio.

Parabéns e boa sorte aos indicados!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

SESI Santo André

Olá pessoal! Esse fim de semana apresentamos em Santo André, e para nossa sorte o "Pardal" é o técnico do teatro e nos ajudou muito!
Olha ele empoleirado!

Enquanto a Nádia, nossa iluminadora, monta a luz junto com o Pardal, só nos resta esperar...

Esse fim de semana foi o do cansaço. Sabe quando você fica repetindo uma palavra varias vezes até ela perder o sentido? Então esse é o maior perigo para nós que estamos chegando na reta final desta temporada e já apresentamos muito, viajamos muito e sempre montando e desmontando. E sem perceber acabamos entrando no automático para nos proteger e esse é outro perigo também.
O bom é que o público sempre nos salva nesse sentido, quando as pessoas entram no teatro dá para sentir no ar a energia nova de quem vai ver a peça pela primeira vez. Quando nos abrimos para isso, para as risadas, conversinhas e os pontos de interrogação na cabeça de quem conhece o mangá se perguntando (como será que eles vão fazer isso???) somos alimentados e nos sentimos revigorados.
Obrigado galera de Santo André!
Um grande abraço!
Abaixo o Greg, nosso músico, fazendo o que ele mais gosta de fazer....